O mês de janeiro, além de ser conhecido como o mês do farmacêutico (20 de janeiro), também foi escolhido pelo Ministério da Saúde, desde 2016, para conscientizar a população sobre a hanseníase. Simbolizada pela cor roxa, a campanha acontece anualmente e é fundamental para a detecção precoce da doença.
A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa causada por uma bactéria (bacilo de Hansen) transmitida pelo contato íntimo e prolongado com pessoas infectadas sem tratamento e através de secreções das vias respiratórias (nariz e boca).
Apesar dos esforços dispensados para o combate, a hanseníase ainda se mantém endêmica e constitui um problema de saúde pública no Brasil. Em 2017, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 150 países reportaram 210.671 casos novos de hanseníase. No Brasil, foram notificados 26.875 casos novos, perfazendo uma taxa de detecção de 12,94/100 mil hab, o que coloca o país em segundo lugar em número de casos novos (Índia é o primeiro).
Campanha no município de São Paulo
O Programa Municipal de Controle da Hanseníase (PMCH) está inserido na Secretaria Municipal da Saúde (SMS) do Município e faz parte das atribuições dos órgãos responsáveis pela vigilância em saúde do município.
O objetivo da campanha é aumentar a detecção precoce de casos através da sensibilização e treinamento dos profissionais de saúde da atenção básica para a suspeição do diagnóstico e da divulgação dos sinais e sintomas para a população. Também são desenvolvidas atividades de busca ativa e ações educativas junto à comunidade.
O PMCH estabelece e organiza ações com finalidade de controlar a doença, embasado nas diretrizes do Ministério da Saúde. O município de São Paulo conta com 28 Unidades de Referência para o tratamento da Hanseníase, sendo 23 da SMS, 4 Universidades e 1 da Secretaria do Estado da Saúde.
A Secretaria de Saúde recomenda que as pessoas que apresentarem quaisquer sinais e sintomas suspeitos devem procurar a UBS mais próxima de sua residência para avaliação médica. Os casos suspeitos serão encaminhados para confirmação diagnóstica e tratamento em uma das 28 Unidades de Referência de Hanseníase que estão distribuídas estrategicamente no território para facilitar o acesso aos pacientes de toda a cidade.
Papel do farmacêutico
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado fazem toda a diferença no controle da hanseníase. Para isso, o farmacêutico é um dos profissionais de saúde habilitados a identificar os sinais e sintomas da doença e encaminhar a uma UBS ou unidade de referência para melhor investigação.
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