Para melhorar o acesso e o uso dos medicamentos ofertados no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde anunciou durante a 466ª Reunião Plenária do Conselho Federal de Farmácia, em Brasília, a criação do Programa Cuidados Farmacêuticos.

O projeto piloto, que terá início em São Paulo, Bahia e Distrito Federal, beneficiará pacientes portadores de hepatite e artrite reumatoide com orientações e acompanhamento sobre uso racional de medicamentos. Até o final do ano, mais sete estados devem ser inseridos no projeto. Também foi anunciado outras ações para a qualificação da assistência farmacêutica no SUS.

“O uso inadequado de medicamentos eleva os riscos de falhas no tratamento e os custos das ações em saúde. Por isso, uma consulta com o farmacêutico para orientar melhor como deve ser o acondicionamento do remédio, a melhor forma e horário de ingestão, vai ajudar a população portadora destas doenças a aderir o tratamento e ter uma qualidade de vida melhor. A ação também aproxima o profissional do paciente promovendo um atendimento mais humanizado”, declarou o ministro Ricardo Barros.

Confira aqui a apresentação completa.

Outra novidade é a inclusão do código de identificação para farmacêuticos nos sistemas de atendimentos do SUS. A partir de fevereiro, será possível identificar se o paciente atendido recebeu orientações de farmacêuticos ou de outros profissionais durante o atendimento. Hoje, não existe uma base de dados que identifique em quais funções esses profissionais estão atuando. A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) possibilitará saber quais procedimentos são feitos pelos farmacêuticos nos serviços de saúde.

ESTRUTURAÇÃO

O Ministério da Saúde irá repassar R$ 22 milhões para estruturação da assistência farmacêutica em 629 municípios. A medida, parte do Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no âmbito do SUS (Qualifar-SUS), que permite aos municípios investir na contratação de profissionais e a aprimoramento dos serviços das farmácias locais. Atualmente 1.580 municípios recebem o recurso. A expectativa é que até o final de 2018 mais 808 municípios passem a receber.

GESTÃO

Em 600 dias o Ministério da Saúde realocou R$ 4,6 bilhões para o custeio de mais serviços do SUS. Adoção de medidas para tornar a administração mais eficiente, representou para o cidadão a ampliação do atendimento nos hospitais, do acesso a equipamentos, medicamentos, vacinas e renovação da frota de ambulâncias.

Entre os avanços obtidos neste período, o SUS conseguiu oferecer, por exemplo, um dos melhores medicamentos para AIDS disponíveis, o Dolutegravir. Devido ao menor custo, o tratamento passou a ser ofertado para todos os pacientes como primeira linha.