O volume de comercialização da indústria farmacêutica no Brasil alcançou um faturamento total de R$ 63,5 bilhões em 2016, com a venda de 4,5 bilhões de embalagens de produtos.

O destaque foi a venda de medicamentos novos, produzidos com princípios ativos sintéticos ou semissintéticos, associados ou não*. Esse grupo representou um montante de R$ 25 bilhões em vendas em 2016, ou 39,4% do total, com 925,7 milhões embalagens comercializadas.

Entre as 20 empresas com maior faturamento em 2016, oito são brasileiras, sendo duas do governo: a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/Ministério da Saúde) e o Instituto Butantan (Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo).

Para a Anvisa, a presença de laboratórios oficiais nessa lista revela o esforço do governo brasileiro em buscar o acesso da sociedade a medicamentos de melhor qualidade, mais modernos, com maior variedade e preços mais acessíveis.

Outra informação importante relativa ao mercado de medicamentos e que tem influência direta nos preços dos produtos é que 71,3% do faturamento obtido pelo mercado está desonerado de PIS/Cofins. Em termos de quantidade, 65,5% das embalagens comercializadas em 2016 foram livres desses impostos federais.

Faturamento da indústria farmacêutica

 

indústria farmacêutica

Estados

Foram 6.300 produtos vendidos em 2016, em 12.798 apresentações diferentes, produzidas por 214 fabricantes. As empresas detentoras de registro para fabricação de produtos farmacêuticos estão distribuídas geograficamente em 14 estados, com concentração em São Paulo, que detém 76,6% do faturamento do País e 55,7% da quantidade de embalagens distribuídas.

O estado do Rio de Janeiro ocupa o segundo posto de maior participação no mercado, com 11,2% do faturamento em 2016 e 8,1% da distribuição. Outro estado com destaque no cenário nacional é Goiás, com 4,5% do faturamento e 18,5% da quantidade embalagens comercializadas em todo País.

Compradores

O principal canal de distribuição de embalagens produzidas pela indústria de medicamentos são as empresas de comércio atacadista (68%), que compram e revendem os produtos. Em seguida, estão as farmácias e drogarias (17%). A União, Estados e Municípios representam o terceiro principal comprador da indústria farmacêutica no País, com a aquisição de 9% da produção.

As informações constam da segunda edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico 2016, elaborado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e lançado nesta quinta-feira (14), em Brasília, pelo diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa. Para ele, o lançamento do anuário contribui para dar mais transparência aos dados da indústria farmacêutica no País.

“Com o lançamento dessa publicação, cumprimos nossa missão de dar amplo acesso a dados importantes do maior mercado de medicamentos da América Latina e um dos maiores do mundo, dando transparência a informações estratégicas do setor”, diz Barbosa.

Publicação

O Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico 2016, com dados inéditos do setor, pode ser consultado, na íntegra, no Portal Anvisa. A publicação traz informações sobre o volume de vendas da indústria de medicamentos, tipo de produto mais vendido, faturamento e o ranking das empresas que atuam no Brasil. Além disso, o levantamento inclui os principais princípios ativos usados e a distribuição geográfica dos fabricantes detentores de licença para produzir e comercializar produtos, entre outras informações.

*Medicamento novo: utilizado para se referir a medicamentos novos com princípios ativos sintéticos e semissintéticos, associados ou não. Quando se utiliza o termo “medicamento novo” sem outro complemento não se está referindo, portanto, a produtos biológicos, fitoterápicos, homeopáticos, medicamentos ditos “específicos”, medicamentos isentos de registro, e nem tampouco a cópias (genéricos e similares). Portal Anvisa

Veja a apresentação completa feita pelo Diretor-Presidente, Jarbas Barbosa, o áudio e as fotos da coletiva de imprensa.

Fonte: Anvisa